domingo, 16 de novembro de 2014

[Conto] Apenas Mais Outro Pesadelo.

Acesse a nossa página de contos  para encontrar outras histórias minhas. Espero que goste dessa...


APENAS MAIS OUTRO PESADELO

Olá, você que está lendo esse texto. Vivendo feliz essa sua vida miserável.
Pois bem, Primeiramente preciso dizer que sou um mentiroso.
E antes que você diga que não, eu não estou mentindo.
Não sou um herói, muito menos um vilão... Diria que sou apenas um visionário.
Começo essa história dizendo que eu a amava muito. Era tudo na minha vida. Mas naquele dia ela havia passado dos limites. Aquelas palavras machucaram minha alma, rasgaram minha pele mais do que qualquer lâmina conseguiria fazer. E eu paguei na mesma moeda. Ela saiu chorando e disse que não queria mais me ver.
Havíamos terminado, e eu ainda não aceitei a burrice que eu fiz.
Isso até o dia em que um amigo me ligou dizendo que ele havia transado com ela. Ele riu de mim e jogou aquilo na minha cara sem nenhum remorso, sua voz parecia embargada, devia estar bêbado.
Eu não podia deixar isso assim.
Apenas te informando, pois não quero que você fique ansioso lendo, assim como eu fiquei naquela noite. Ninguém morre. Essa história tem um final feliz.
Depois que o Bryan ligou eu fui correndo até sua casa, mas descobri que ele não estava lá. Obviamente ele só podia estar em um lugar: na casa da vadia da Suzan. Isso devia ser parte da piada deles.
Chutei a porta dela com força e entrei. Meu corpo tremendo de ódio. A faca da cozinha de casa quase escapando da minha mão. Juro que não queria, mas matei o pai de Suzan que tentou me afastar de lá.
Já sujo de sangue entrei em seu quarto.
Encontrei os dois pelados, deitados em cima da cama. Inúmeras garrafas de cerveja e whisky espalhadas pelo quarto. A música alta tocando, fazendo meus ouvidos tremerem.
Senti prazer quanto a faca entrou na pele do Bryan e cortei sua pele lentamente. A Suzan gritando e chorando, acuada no canto do quarto. O sangue de Bryan tocava minha pele, quente, sua face encarava vidrado o teto da casa.
Depois foi a parte mais deliciosa. Fatiar a pequena vadia lentamente. Seus gritos e tapas não eram nada mais que sussurros e arranhões para mim.
Quem era a piada agora? Perguntei, mas ela não respondeu.
Mas se você ainda não parou de ler esse texto, chocado por tamanha violência gratuita. Não se desespere. E nem perca seu tempo me chamando de mentiroso. Eu avisei logo no início.
Mas agora falando sério... Isso nunca aconteceu.
É apenas um sonho. Somente uma situação engraçada e hipotética criada pela minha mente criativa, um pouco doentia, nessa madrugada de sábado. Deve ser a influência da garrafa de vinho que eu tomei, ou talvez a mistura com vodka... Não sei... Talvez os dois...
Enfim, esse sonho daria uma boa história, penso eu.
Então irei logo me despedir de vocês...
O telefone toca e tira minha atenção.
Quem será que está me ligando nessa hora da madrugada?
Olho para a tela do telefone e sinto um frio súbito subir pela minha espinha.
É o Bryan. O que será que ele quer?

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