♫ “Exit
light. Enter night. Take my hand. We're off to never neverland.” ♫
É Galera, sejam bem-vindos a mais um “Conhecendo”. Dessa vez
de uma HQ muito famosa, adorada pelos fãs e aprovada pelas criticas, estou
falando da maior obra de Neil Gaiman, Sandman. (Fique tranquilo, pois esse post
não contém Spoilers dessa obra magnânima).
Sandman conta a história do perpétuo Sandman, o mestre dos
sonhos, Rei do Sonhar, e também conhecido como Morpheus. Os perpétuos são seres
muito poderosos, mas não são nem deuses, nem anjos e nem demônios. Na mitologia
criada por Neil Gaiman e que aparece também em outros mitos e histórias existe
um conceito bem interessante, que diz que seres poderosos aparecem como
encarnações de certos conceitos. Por exemplo, o Sandman é a encarnação do
Sonho, então ele É o próprio sonho, e isso é bem exemplificado quando ele está
preso. Os sonhos se tornaram mais sombrios e perturbadores, pessoas adormecem e
nunca mais acordam. Tudo isso como um efeito colateral do que ocorreu com ele.
Outra obra do Neil Gaiman que trata bem desse conceito é o “Deuses
Americanos” (que aparecerá futuramente aqui no blog), onde até novas
tecnologias como a TV tem seus deuses, e quanto mais adoradores, mais poder a
divindade tem.
O melhor ponto de Sandman é a analise filosófica que
acontece. Toda a obra é cheia de metáforas e conceitos, os próprios combates,
que não são só porradaria, mas vão para disputas e discussões, as vezes podendo
até ganhar uma batalha contra milhões de demônios somente com uma frase.
A mitologia da HQ é bem rica, intercalando diferentes
mitologias e mitos, dos anjos e demônios cristãos aos deuses nórdicos, dos
perpétuos aos heróis comuns do universo DC (isso mesmo, a Liga da Justiça e
outros heróis da DC são citados em Sandman).
Acompanhamos tudo isso com um personagem superinteressante,
que é o Sandman. Ele é um cara muito estranho, até mesmo meio depressivo, que é
uma parada bastante explorada, o perfil das divindades como o próprio Sandman
são bem explicadas pelos próprios conceitos que os criaram. O Sandman é um
pouco deprê porque as pessoas ficam depressivas quando seus sonhos dão errado,
e como o próprio Sonho isso também acontece a ele.
Os arcos, os 10 originalmente publicados (porque novas
histórias estão sendo feitas pro Sandman) são divididos em 75 capítulos com uma
média de 26 ou 27 páginas de história. Uma história que nem é tão grande.
Fullmetal Alchemist, por exemplo, que é considerado um mangá bem curto tem 108
capítulos.
Eu ainda não li Sandman inteiro, na verdade eu só li 2 arcos
e estou nesse exato momento lendo o resto. Dos dois arcos que li pude perceber
toda a grandiosidade da obra, uma história mais cabeça, mais inteligente e até
mesmo mais sombria.
A arte é bem estranha. Não que isso signifique que ela seja
feia. Mas é estranha, assim como o personagem protagonista. Então por isso ela
se encaixa. Em alguns pontos é meio abstrata demais, mas não afeta toda a obra.
(One Piece tem uma arte estranha e faz muito sucesso pelo roteiro, o mesmo
acontece aqui).
Enfim, Sandman é um grande quadrinho. Leitura quase obrigatória
para quem gosta de história sobrenaturais ou que está procurando algo mais
maduro e adulto. Recomendo fortemente e espero que você se divirta lendo, assim
como eu estou me divertindo.
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