sábado, 31 de maio de 2014

[Análise] Filhos do Éden: Herdeiros de Atlântida - Eduardo Spohr.

Título: Filhos do Éden: Herdeiros de Atlântida - Livro 1.
Autor: Eduardo Spohr.
Editora: Verus Editora.
Páginas: 476.
Ano: 2011
ISBN:  9788576861416
Sinopse: Filhos do Éden - Herdeiros de Atlântida - Livro 1 é o segundo romance do jornalista Eduardo Spohr. A narrativa, ambientada no mesmo cenário de A Batalha do Apocalipse, sua obra anterior, transcorre nos dias atuais e explora uma nova perspectiva da guerra no céu - a visão dos capitães e soldados, e não dos grandes generais, tão amplamente retratados no livro de estreia. Este romance não é uma continuação de A Batalha, e sim o início de uma nova saga, em que algumas questões, antes obscuras, são enfim respondidas, enquanto outras são lançadas ao público. Tampouco se trata de um épico. É, acima de tudo, uma aventura, um autêntico thriller de fantasia, menos heroico e mais dinâmico, mais humano, com pitadas de conteúdo histórico, romance e mitologia. A ação divide-se entre Kaira, uma celestial que luta para recuperar a memória após anos vivendo na terra, e Denyel, um querubim exilado, uma figura vulgar e sombria, que trabalhou como assassino das legiões inimigas, mas que hoje, solitário e desonrado, procura ser incorporado às fileiras rebeldes.
Em paralelo, acompanhamos o drama de um terceiro personagem, conhecido apenas como Primeiro Anjo, o líder dos sentinelas - poderosos agentes designados por Deus para, num passado remoto, instruir e proteger as primeiras tribos humanas. Punidos por se recusarem a tomar parte nas catástrofes antigas, os sentinelas agora buscam vingança, numa caçada que se estenderá aos outros volumes da série. Para os novos leitores, o livro é um romance informativo, uma maneira simples de conhecer a mitologia, os combates e a estruturação de forças desse universo fantástico. Para os fãs, é uma expansão divertida, que explora o conflito entre as castas, os planos de existência, os deuses etéreos e o dia a dia da guerra civil, o confronto que, em um futuro próximo, conduzirá à tão aguardada Batalha do Apocalipse.

AVISO: HÁ SPOILERS DOS LIVROS "FILHOS DO ÉDEN" E "A BATALHA DO APOCALIPSE".


Como você reagiria se um brutamonte chegasse junto com um rapaz com cabelos brancos e te dissessem que você não apenas uma simples estudante, mas sim um arconte de Gabriel, um anjo de verdade!

Essa é a história de Kaira ou Raquel ou faísca, uma garota/anjo que ficou presa no seu corpo humano após uma missão fracassada. O livro se passa no mesmo universo de “A Batalha do Apocalipse” e serve como uma espécie de preludio para o armagedon, mostrando uma aventura mais pé no chão, diferente das aventuras de Ablon, Shamira e da coitada da Sieme.
A história começa quando Gabriel manda Levih e Urakin para investigar o desaparecimento de Kaira (já que se um anjo some por 2 anos algo ruim deve ter acontecido, né?).  Eles vão procurar ela e a encontram vivendo na universidade de Santa Helena, após muitas confusões com uma turma de anjos da pesada, leais a Miguel, Kaira acaba ferida o que obriga Levih a leva-la até Denyel (que vai ser o nome do meu filho, quando eu tiver um, eu acho...) em busca de ajuda do anjo exilado.
Denyel é, entre os principais o personagem mais profundo e carismático. Seu senso de humor é acido e ele sempre tenta sair por cima. Um ponto que eu gosto bastante é o capítulo que volta ao passado, para antes da 1ª Guerra Mundial. Lá mostra que Denyel não bebe e tem um comportamento até mais sério que o de agora, retratando bem a mudança que as guerras causaram nele (eu sabia que a guerra mudava o homem, mas não sabia que isso valia também para os anjos).
Outro ponto que eu gostaria de salientar é a fluidez da história. No seu primeiro livro Artimus... digo Eduardo Spohr fazia capítulos realmente gigantescos, o capítulo da viagem da China, por exemplo, foi tão grande que  parecia mais um livro dentro de um livro. Já em Herdeiros de Atlântida isso não existe mais. Agora ele trabalha em pequenos capítulos, alternando entre partes da história, às vezes mostrando a jornada de Sirith, em outra indo até o passado com o Metatron (que eu só consigo imaginar na aparência do Azaghal, o Senhor da Oceania) enfim, com esse novo estilo a história ganha um dinamismo que torna a leitura muito rápida e suave, eu li ele todo em 3 dias, já no ”A Batalha” eu demorei mais de um mês.
Comentando um pouco mais sobre a evolução do Eduardo, as descrições estão mais dinamizadas. Agora as descrições não são tão minuciosas, mas isso não é um ponto negativo, na verdade, muito pelo contrario, já que eu tive uma sensação de imersão muito maior com esse livro (por um momento eu quis ir fazer facu lá em Santa Helena e trocar idéia com o Leon, o médico que manja de tudo).
A trama do livro é muito empolgante, começando devagar, para depois te mostrar um enredo muito bem feito, com tudo se ligando, fazendo sentido lá na frente, até deixando mais claro algumas coisas do “A Batalha”. Tendo também um plot twist maldito perto do fim (alerta de SPOILER tan, tan, tan, TAN!!) Twist este que todo mundo diz ter percebido antes, mas que é uma grande mentira. Na cena da revelação do Zarion eu realmente fique possesso (cai da cadeira estilo anime) porque ela traz consigo a morte do Levih, e na situação que atual do livro (putz, coitado do albino). 
Deive Pazos fazendo uma ponta em Herdeiros de Atlântida.
Cena inclusive que só reafirmou uma teoria que eu tenho sobre os livros do Spohrverso, eu acho que o Eduardo lança uma mensagem subliminar nos seus livros, sempre matando os personagens mais inteligentes, no “A Batalha” temos a morte da Sieme, e aqui a morte do Levih, que era o mais inteligente do grupo, eu posso estar viajando (e com certeza estou), mas foi isso que eu interpretei uma conspiração contra os inteligentes ou nerds (é senhor Eduardo cadê seu Deus agora, heim? Tá dormindo?).
Enfim, eu acho que esse post já chegou a um nível de fanboyolismo extremo aqui (o mestre Azaghal no auge da sua positividade desaprovaria essa “resenha”). O livro é realmente muito bom, os personagens, a história, tudo é muito foda. Então se você gosta de fantasia, é um nerd, e quer ler um ótimo livro ambientado na nossa pátria, feita por um conterrâneo, é esse o seu livro. Filhos do Éden: Herdeiros de Atlântida.
Nota: ★★★★★ (5/5).

2 comentários:

  1. Felipe, obrigado pela resenha, cara, adorei. Na torcida agora para que curta "Anjos da Morte". Já estou escrevendo o terceiro. Espero poder fazer sempre o melhor. Forte abraço,
    Eduardo

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    1. MEU DEUS DO CÉU!!! Nossa cara q honra ter minha "resenha" lida por ti. Lerei em breve o Anjos da Morte. Muito Obrigado!

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